Tudo começou assim… na ida para Miami, nosso voo teria obrigatoriamente uma conexão em Bogotá, restando para nós apenas decidir se ficaríamos 3h ou 8h. Como ainda não conhecíamos a cidade (nem o país), optamos pela escala mais longa para fazer um passeio express pelo centro.
Para ser bem sincera, eu tinha um pouco de receio de viajar para lá por conta da segurança… Mas convenhamos, quem mora em São Paulo já está preparado para muita coisa, né? Além disso, todos os relatos que vi em outros blogs e redes sociais diziam que a cidade estava bem segura. E eles estavam certos.
Mas vamos por partes! Chegamos no aeroporto de Bogotá, El Dorado. Terminal novo, bem organizado, praticamente sem fila para passar na imigração. Havia muitos oficiais e aparentemente somente nosso voo chegou neste horário (6 da manhã).
Após passar pela alfândega, vimos duas casas de câmbio. Pesquisamos em ambas e acabamos trocando nossos dólares na “Alcansa” (lado direito de quem sai). Eu já tinha visto no blog Viaje na Viagem que trocar dólares é mais vantajoso do que reais, então nem fiquei fazendo muita conta. A cotação estava: 1 dólar = 2.810 pesos colombianos (COP). Como íamos ficar poucas horas trocamos apenas 50 dólares, que resultou em 140.500 pesos.
Logo na saída estavam os táxis autorizados, de cor amarela. O taxímetro marca um número, e ao final da corrida esse número é transformado em valor – automaticamente pelo próprio taxímetro ou por uma tabela impressa. Atenção que todas as corridas que tem como origem ou destino o aeroporto são acrescidas de uma taxa de 4.000 pesos.
Fomos direto para o Cerro de Monserrate (a corrida durou cerca de 25 minutos e custou 19.000 pesos). Para quem ainda não conhece, é a montanha que fica em Bogotá, bem perto do centro antigo e de onde se pode ver toda a cidade. É um dos principais pontos turísticos e foi o que mais gostamos.
Para chegar até o alto, pode-se optar pelo teleférico ou funicular. Ou ainda, para os mais atléticos tem a opção de subir andando. Definitivamente não foi o nosso caso! A subida + descida no funicular custou 18.000 pesos por pessoa. Tanto o funicular quanto o teleférico custam o mesmo valor, mas operam em horários diferentes. Para saber o valor atualizado e horários, acesse o site do Monserrate.
Todo a área do cerro é muito bem cuidada e limpa. Tem seguranças por toda parte. A vista é realmente muito linda. Lá de cima é possível ver toda a cidade. É um passeio imperdível mesmo.
Os jardins são uma graça e combinam perfeitamente com as casinhas que existem ali (administração, restaurante, etc).
O santuário (Basílica del Señor de Monserrate) fica no ponto mais alto do cerro e apesar de ter sentido um pouco de falta de ar, é uma subidinha bem leve, que qualquer pessoa consegue fazer.
(Falando em falta de ar, algumas pessoas dizem não sentir nada, mas eu e o marido sentimos sim. Além do cansaço para subir poucos degraus, ainda sentimos o coração bem acelerado, mas seguimos o passeio e deu tudo certo!)
Descemos o cerro, fomos de táxi de Monserrate para a Plaza Bolívar, e custou 10.000 pesos (acho que o motorista nos enrolou e cobrou uns 2.000 a mais, paciência).
A praça fica bem no centro da parte histórica da cidade. Reúne importantes prédios administrativos do governo (Palácio da Justiça, Congresso, Prefeitura), por isso manifestações são comuns no local – quando passamos por lá vimos duas.
Apesar de bem imponente, dá a impressão de faltar certa restauração nos prédios. Por ser também um ponto turístico muito importante, duas ou três pessoas nos abordaram tentando vender fotos e passeios, mas nada que chegasse a ser um incômodo. Tudo bem tranquilo mesmo. E para a alegria dos turistas, a praça tem Wi-Fi aberto!
Da Plaza andamos pelas ruas de La Candelaria, como é chamado o centro antigo/histórico. É bem interessantes observar as casinhas com arquitetura antiga e o Cerro de fundo! É um bela paisagem.
As ruas são estreitas e como em qualquer grande cidade, tem muito trânsito! Acho que não vale a pena alugar um carro se o visitante estiver apenas turistando dentro da cidade. Os taxis são baratos e pelo que percebi, o sistema de ônibus funciona bem, apesar de ficar cheio nos horários de pico (preferimos não testar por causa do pouco tempo que tínhamos).
Todo o centro é MUITO policiado. Assim como li nos relatos, nos sentimos muito seguros andando pelas ruas porque em todas as esquinas havia um guarda ou um oficial do exército.
Fizemos uma paradinha para repor as energias em uma cafeteria, compramos um croissant + chocolate quente, que custaram 9.900 pesos. Por falar nisso, a Colômbia é muito famosa por seu café. Se quiser provar um típico colombiano, experimente o Juan Valdez. É a “Starbucks” da Colômbia! Tem muitas lojas espalhadas pela cidade, inclusive no aeroporto, onde foi aberta e primeira unidade da rede.
Continuando nosso passeio, fomos andando até o Museo Botero. Gostamos muito. O acervo é composto em sua maioria de obras do próprio artista plástico Fernando Botero, incluindo sua famosa versão (fofinha) da Mona Lisa. A casa em estilo colonial que abriga o museu é bem conservada, valorizando o belo jardim que fica num pátio interno.
A entrada é gratuita e os horários são os seguintes:
Bem ao lado, fica o Museo de la Moneda, que traz relatos desde os tempos dos escambos e possui quase todas as unidades monetárias utilizadas na Colômbia desde o início do século XVII, além de cofres, balanças, máquinas de confeccionar notas, etc. A entrada também é gratuita, e os horários são os mesmo do Museo Botero (foto acima).
Caminhamos mais uns cinco quarteirões até o Museo del Oro. É um dos maiores museus de ouro do mundo, com acervo composto de peças feitas e usadas pelos povos pré-colombianos com o ouro da região, além de muitos artigos feitos de outros metais e de cerâmica. Tem até uma oficina de artesanato para as crianças, mas consulte dias/horários de funcionamento, pois quando fomos estava fechada. A entrada custa 3.000 pesos e aos domingos é gratuita. Para mais informações consulte o site do Museu.
Encerramos o passeio xeretando o artesanato local e comprando alguns souvenirs. Do lado direito do museu (só atravessar a rua) tem uma espécie de galeria com inúmeros stands. Comprei 3 postais por 5.000 pesos e 1 imã de geladeira (minha nova mania) por 6.000 pesos.
O táxi do museu para o aeroporto, já com a taxa de 4.000, ficou 30.000 pesos e demorou 30 minutos. (Uber nao é regulamentado no país, mas pela cotação que fizemos ficaria uns 5.000 pesos mais barato).
E assim encerramos nossa visita relâmpago, porém muito proveitosa, a Bogotá.
Resumo:
Tempo: passamos 5h na cidade;
Gasto total: eu e o marido gastamos 126.000 pesos ou 45 dólares (somente comemos o relatado no post… o café da manhã foi servido pouco tempo antes do pouso, por isso o almoço foi só na volta ao aeroporto, o que nos fez ganhar mais tempo para passear);
Conclusão: vale muito a pena conhecer, mesmo que seja por algumas horas. Me gustó mucho conocerte, Colombia!
Já foi à Bogotá? Deixe nos comentários suas dicas também! Se tiver alguma dúvida me mande um email: letsgonessa@hotmail.com.
♥
Vanessa